Nasci em Brasília no Distrito Federal mas, com menos de um ano de idade, nos mudamos para Dianópolis, no interior do Tocantins. Essa é a cidade natal do meu pai.
Sempre tive o desejo de ser médico.Com o objetivo de passar no vestibular, me mudei para Goiânia, onde fiz o terceiro ano do ensino médio. Esse foi o momento da primeira mudança que tive na vida até então. Explico.
Não foi apenas a mudança de cidade e o fato de ficar longe da família. Nesse período, meu avô materno, Abílio, adoeceu gravemente, sofreu um AVC (derrame cerebral). Ficou internado, teve que passar por hemodiálises. Essa foi a minha primeira experiência (pelo menos que eu tenho consciência) com um familiar muito doente.
Entrei num mundo diferente do que eu estava acostumado. Comecei a prestar mais atenção no meu avô, já em sua casa e acamado. Seus anos de fumante não perdoaram e desenvolveu enfisema (DPOC). Víamos sua falta de ar para fazer pequenas coisas, além do sofrimento das jornadas de hemodiálise (três vezes na semana).
Consegui realizar o sonho de entrar em uma das melhores Universidades do país, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde cursei minha tão sonhada Medicina. Durante a minha graduação, tive a segunda mudança na minha vida: o nascimento da minha primeira filha, Maria Eduarda. Eu e minha namorada, Bartira, engravidamos cedo, com 20 e 19 anos respectivamente. Graças à Bartira, meus pais e meus sogros, consegui manter o curso e me formar em 2012.
Após formatura, eu e Bartira no casamos e nos mudamos para Juiz de Fora, Minas Gerais, para que eu pudesse fazer a residência médica em Clínica Médica e, após, em Pneumologia na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Esse período durou de 2013 a 2017.
Findado as especializações, estava pronto para retornar para meu Estado, quando fui convidado para trabalhar como médico diarista em um Centro de Terapia Intensiva (CTI) em um hospital privado de Juiz de Fora. Pelo imenso desafio e possibilidade ímpar de crescimento profissional, nós optamos por permanecer em Minas Gerais.
Trabalhei com muita disposição nesse Hospital, diuturnamente.
Aprendi, sofri, chorei, sorri.
Realizei meu Mestrado em Saúde pela mesma UFJF em 2018.
Em 2019, ocorreu a terceira mudança, dessa vez nas nossas vidas: o nascimento da caçula Maria Clara. E com a pequena em casa, a distância da família pesou bastante.
E optamos por retornar para nosso estado, o Tocantins, em setembro de 2019.
E hoje, trabalho como pneumologista no Hospital Geral de Palmas (HGP). Sou professor de Medicina no ITPAC Palmas e Porto Nacional. Preceptor da residência médica de Clinica Médica da Universidade Federal do Tocantins (UFT). E ainda, exerço a medicina em consultório particular.
E estou a disposição para cuidar de você!